Na sua dualidade religiosa e
pagã, esta festividade foi adotada pelo povo de Almeirim para celebrar a
fertilidade dos seus campos...
A festa litúrgica da Ascensão
teve origem em Jerusalém e celebrava-se, a princípio, no mesmo dia que o de
Pentecostes.
O seu uso foi transportado para
outros lugares por numerosos peregrinos que tomavam parte nestas cerimónias,
levando-as para outros lugares por numerosos peregrinos que tomavam parte nas
cerimónias, levando-as para os seus países.
O hábito para fazer da Ascensão
uma festa especial, começou no séc. IV e o objetivo desta solenidade era honrar
o termo da missão do Redentor na terra e a sua entrada na glória do Céu.
Outrora, a liturgia deste dia,
era revestida de grande significado: benziam-se os primeiros frutos e fazia-se
uma procissão com tochas e estandartes.
A Ascensão é uma festa de
preceito, celebrando-se à quinta-feira, passando a ter um cunho popular, quando
o povo, na sua humildade, pretendia prestar homenagem a Jesus Cristo, com os
símbolos da fertilidade nos primeiros frutos, representados na espiga simbólica
que, durante o ano inteiro, ficava num sinal de respeito e fé, dependurada numa
parede da casa, até à sua renovação no ano seguinte.
A Quinta-feira de Ascensão era
antigamente festejada nos campos por entre merendas e bailaricos,
aproveitando-se um contacto com a natureza e cumprindo uma antiga tradição.
Apanhava-se, então, uma espiga,
seguindo um ritual de fertilidade que constava de um ramo composto por ramos de
oliveira (azeite), videiras (vinho) e espiga de trigo (pão), ornamentados com
diversas e simples flores campestres.
Texto retirado de daqui. Imagem da Internet
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